Eleições 2024: Apoiador de Aurélio Goiano e Zé da “lata” promove ataques a líder religioso em Parauapebas 

A corrida eleitoral em Parauapebas já começou oficialmente, mas os bastidores das campanhas políticas vêm sendo agitados há meses. Em meio ao fervor típico das eleições, onde discursos apaixonados e inflamados são frequentemente compartilhados nas redes sociais, o que se destaca neste ciclo eleitoral é um episódio de intolerância religiosa que gerou grande repercussão.

Vagner Ferreira, conhecido nas redes sociais como @vagnerbaiano, é um apoiador declarado do candidato a prefeito Aurélio Goiano e de seu pai, candidato a vereador, conhecido como “Zé da Lata”. Recentemente, Vagner Ferreira se envolveu em uma polêmica ao direcionar ataques contra um líder religioso de uma das maiores denominações evangélicas da cidade, a Igreja Assembleia de Deus.

Em um vídeo compartilhado nas redes sociais, Vagner Ferreira cita uma suposta conversa entre Aurélio Goiano e supostamente o Pastor Fenelon, líder da Igreja Assembleia de Deus em Parauapebas. Segundo Vagner, o candidato teria reagido de forma agressiva à tentativa de aproximação do pastor, com palavras de baixo calão: “Tem um líder religioso aí, que foi tentar sentar lá com meu candidato a prefeito Aurélio Goiano, querendo se encostar. Sabe o que ele – possivelmente Aurélio Goiano – disse? Você pode ser religioso lá na Puta que Pariu, mas aqui não, eu tenho Deus, leva teus fiéis para a Puta que Pariu”.

Vagner não parou por aí. No mesmo vídeo, ele fez ataques diretos ao pastor, chamando-o de “vagabundo” e “ladrão”, e insinuando que ele pagaria pelos seus atos “nos quintos dos infernos”. As declarações de Vagner Ferreira têm gerado indignação entre os fiéis e líderes religiosos da cidade, que veem o episódio como um claro exemplo de intolerância religiosa.

Intolerância Religiosa: Um Crime e uma Violação de Direitos

O episódio envolvendo Vagner Ferreira e o Pastor Fenelon não é apenas uma questão de discurso inflamado; trata-se de um caso de intolerância religiosa, crime previsto na legislação brasileira. A intolerância religiosa é a prática de discriminação, ofensa ou violência contra pessoas ou grupos por causa de suas crenças religiosas. O Brasil, um país laico por definição, garante a liberdade religiosa como um direito fundamental.

O crime de intolerância religiosa pode resultar em penas de um a três anos de prisão, além de multa. É fundamental que episódios como o de Parauapebas sejam denunciados e tratados com a seriedade que merecem, para que a liberdade de crença e culto seja respeitada e protegida em toda sua amplitude.

A manifestação de opiniões políticas é um direito de todos, mas quando estas opiniões extrapolam o campo do respeito e invadem a esfera do preconceito e da intolerância, é dever da sociedade e das autoridades competentes agir. A democracia se fortalece quando se baseia no respeito mútuo e na proteção dos direitos individuais, incluindo a liberdade religiosa.

Fonte: Portal Papo Carajás

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *